quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Crying

 Eu dizia a elas para saírem, para escorrerem por minha face e assim, com alguma sorte, levarem embora toda dor. Mas, como se quisessem me mostrar que eu merecia tudo aquilo, que eu merecia cada gota não derramada de agonia, elas teimavam em não me obedecer. O maldito nó na garganta parecia me sufocar aos poucos, a cada respiração ele estava ali, me apunhalando aos poucos, me mostrando que nada estava certo. Vontade aquela que eu tinha de arrancar aquilo que me dilacerava o peito, que tirava toda a minha paz e me despedaçava aos poucos. O engraçado era que a minha volta, ninguém parecia perceber o dilúvio de emoções que ocorria dentro de mim. E então, mais uma vez pus meu melhor sorriso no rosto e fingi que, por dentro, eu não estava despedaçada. Sorri, acenei e falei mais uma vez que estava tudo bem.

Um comentário:

  1. Profundo e muito melancólico, parabéns!!

    @NathLambert
    www.nerdrockergirl.blogspot.com

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