
domingo, 6 de maio de 2012

sábado, 10 de março de 2012
Light as a smile
Correr cansa, trabalhar cansa, dançar e lutar cansa, mas o pior dos cansaços é viver. O cansaço físico não é nada comparado àquele leve pesar no peito, aquele sufocamento, a exaustão. É como se sua vida tivesse ganhado um peso a mais, como se carrega-la sobre os ombros, fosse o pior dos sacrifícios. E o pior de tudo, é que pra esse cansaço, não há remédio, não há massagem ou sono que cure. Viver é constante. Não há pausas, não se pode simplesmente colocar sua própria vida no chão enquanto descansa os ombros. É preciso aguentar, viver é constante e exaustivo, mas por breves momentos, quem sabe ela possa ser leve, leve como um sorriso.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Portas fechadas, gente conveniente...
Preciso de um tempo sozinha. De portas fechadas, de diálogos não começados, de dores superadas. Preciso do escuro, de fones de ouvido; de barulho constante. Preciso de sons a ocupar minha mente, imagens brilhantes e falsamente felizes. Preciso da minha solidão, de espaço, de gente calada e conveniente. Preciso novamente de um tempo comigo mesma, sem cobranças estúpidas, sem diálogos falsos; só eu e minha mente; ambas tentando se entender.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Não sou domesticável,
não vou me curvar aos seus caprichos. Sou imune aos seus jogos ou suas restrições. Não me importa se for falsa, eu tenho minha própria liberdade. Não me importa se você está em meu encalço, nunca precisei de disfarces. Não, não se preocupe, pois um dia ainda te faço enlouquecer com cada palavra não dita. Isso, continue a tentar colocar a corda em meu pescoço, uma hora você perde os dedos...
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Mutável

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Rain and Tears
E lá estava ela, em frente à janela fitando as estrelas, sentindo o ar frio de mais uma noite de inverno roçar-lhe as bochechas úmidas. Chovia lá fora, e isso era um pouco irônico: ver as ruas desertas sendo alagadas enquanto lágrimas quentes molhavam suas faces. Ela sentiu vontade de rir, não sabia ao certo por que, mas sua feição estúpida refletida na vidraça lhe parecia cômico. Ela não queria ver ninguém, não queria ouvir ninguém murmurar “eu avisei”, ou então, lhe sorrir afetuosamente como se sentisse muito, ou pior, como se a entendesse. Pois não entendiam, nenhum deles entendia o arrependimento e a vontade de voltar no tempo que ardiam em seu peito. E foi por isso mesmo que, respirando fundo, ela escancarou a janela e sentiu o vento gélido secar suas lágrimas; quem sabe a noite pudesse velar sua dor.
domingo, 4 de dezembro de 2011
Reescrever...
Preciso reescrever minha própria história. Reler algumas páginas gastas, reviver momentos marcantes, apagar coisas inúteis e refazer capítulos sofridos. Também preciso salvar páginas perdidas, que há séculos caíram em meu próprio esquecimento. Tenho que entender melhor alguns personagens, retirar outros do posto de protagonista ou quem sabe exilá-los definitivamente. Preciso deleitar mais de meus próprios cenários, descrever mais de meus incansáveis diálogos e pensamentos inquietantes. Dessa vez, sei que eu escolheria melhor os nomes a serem colocados nos créditos finais, me dedicaria menos ao prólogo e finalmente daria mais valor às entrelinhas. Se assim fosse, quem sabe, diferente da prévia ou do esboço, essa história ostentaria um final feliz na última página.
Assinar:
Postagens (Atom)